O Museu de Arte Sacra de Mato-Grosso lança para a 5ª Primavera nos Museus três exposições que vão de 17 de Setembro a 29 de Outubro com a temática, MULHERES, MUSEUS E MEMÓRIAS que tem o objetivo de sensibilizar a comunidade para o debate sobre temas da atualidade.
O museu nesse período torna-se um espaço de indagação sobre como o gênero, à mulher e o feminino estão sendo pensados na contemporaneidade, além de trazer a reflexão para o museu de Arte Sacra. Quais as memórias individuais e coletivas que estão sendo estruturadas?
Segundo o IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus, em 2010, o Brasil elegeu sua primeira presidenta; no ano seguinte, a primeira mulher foi nomeada Ministra da Cultura, quase 80 anos depois da conquista do sufrágio feminino em 1932.
A eleição da primeira mulher ao mais alto posto do Executivo Federal sintetiza os inúmeros avanços conquistados pelas mulheres no Brasil, como a ascensão no mercado de trabalho, os avanços na escolaridade e a gradativa (e ainda inicial) redistribuição das tarefas domésticas. Além das conquistas de direitos e desenvolvimentos das políticas públicas voltadas para as mulheres. Exemplo de relevo, é a Lei Maria da Penha Internacionalmente reconhecida como o marco do enfrentamento da violência contra a mulher.
No campo dos museus e da memória, as questões de gênero vêm alcançando destaque e inspirando grandes exposições, novos museus, além de novas vontades de memória.
Apesar da evidente importância da mulher no país, a escrita oficial da história e a da memória coletiva omitiu por muitos anos seu papel na sociedade. Também foi assim nas artes, visto que até o século XIX, a arte parecia ser profissão exclusivamente masculina, enquanto as obras de artistas mulheres eram qualificadas de “amadoras”. A causa para esta “ausência” das mulheres na história da arte tem como evidência o acesso desigual à instrução artística e, principalmente, como omissão da escrita oficial em guardar seus feitos.
Apesar da evidente importância da mulher no país, a escrita oficial da história e a da memória coletiva omitiu por muitos anos seu papel na sociedade. Também foi assim nas artes, visto que até o século XIX, a arte parecia ser profissão exclusivamente masculina, enquanto as obras de artistas mulheres eram qualificadas de “amadoras”. A causa para esta “ausência” das mulheres na história da arte tem como evidência o acesso desigual à instrução artística e, principalmente, como omissão da escrita oficial em guardar seus feitos.
As três exposições do Museu de Arte Sacra resgatão a memória das Mulheres que fizeram História em Mato Grosso em diversas áreas e as mulheres que se tornaram Santas pelos seus feitos de fé, amor, caridade e bondade com a humanidade.
Confira abaixo informações sobre as exposição:
Mulheres mato-grossenses, e que mulheres !
Acervo pertencente ao instituto Memória da Assembleia Legislativa que homenageia 40 mulheres, personagens que se destacaram de alguma forma na história de Mato Grosso entre 1.770 e os dias atuais. A exposição traz um pouco do conhecimento a respeito de algumas das mulheres que durante sua vida desempenharam e desempenham importantes papéis seja no âmbito da política, da religião, da economia, do direito, da educação ou ainda na cultura do Estado de Mato Grosso.
Mulheres como Shelma Lombardi que foi a primeira na Magistratura de Mato Grosso, além da primeira desembargadora e corregedora do estado. Ela foi tão influente e importante que representou o Brasil em dois congressos de Magistratura nos Estados Unidos, foi presidente da Associação Nacional das Magistradas além de ter sido agraciada com o título de Cidadã Mato-grossense pela Assembléia Legislativa. Nesta exposição os visitantes poderão conhecer um pouco sobre a vida e a importância de outras mulheres de destaque no estado como a Pianista, Musicista, compositora, literata, historiadora e contadora Dunga Rodrigues, a professora, musicista, promotora cultural e teatróloga Zumira Canavarros, entre outras ilustres personalidades femininas de Mato Grosso.
Imagens Sacras Femininas
A exposição reune 15 imagens de mulheres que se tornaram santas, apresenta o histórico de como viveram, quem foram e por que foram santificadas. Nessa exposição de Imagens Femininas, o museu expõem seu acervo de santas barrocas em madeira policromada do século XVII e XVIII, e o trabalho das santas num estilo bem regional em argila, do século XX feitas pelo Sr.Clínico Moura artista da comunidade de São Gonçalo Beira-Rio.
Exposição de Olímpio Bezerra
Exposição de Olímpio Bezerra
Artista plástico autodidata e primitivista começou a pintar na década de 70. Na exposição o artista apresenta a técnica óleo sobre cabaça, disco de vinil, madeiras, sendo todas na temática sacra, santas de devoção popular e com um olhar voltado para o reaproveitamento de madeiras, que são encontradas em feiras, terrenos baldios e supermercados.
Além disso, as escolas que agendarem a visitação ao museu poderão fazer as oficinas e dinâmicas que serão disponibilizadas pelo MAS-MT, tais como:
OFICINAS:
Fazendo Arte: Os participantes através da argila irão modelar livremente sua própria obra de arte.
Rosas, Rosa e Rosinhas: Na oficina, cada participante deverá montar sua própria rosa, utilizando papel, madeira e cola, depois de montadas, os participantes serão instruídos a presentear a mulher mais importante da sua vida.
AÇÃO RECREATIVA:
Contação de História e Leitura de poemas sobre mulheres
Os participantes são convidados a ouvir uma história sobre a vida e as aventuras de uma mulher e depois, podem se deliciar entre os 100 poemas disponíveis nos computadores do Museu.
RECREAÇÃO:
Santas e suas palavras chaves
Os participantes dessa dinâmica irão aplicar as informações que aprenderam sobre as santas femininas durante a visita guiada no museu, através de jogos e enigmas.
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