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Integra da matéria no jornal Folha do Estado: “Museu de Arte Sacra sofre com a falta de recursos, diz Diretora” do dia 07/11 no folha 3 pág 29.


A pergunta da Folha foi essa:

4. É possível apontar a importância dessa exposição para o processo cultural voltado à visitação de museus em Cuiabá? (respondido por Viviene Lozi – Diretora do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso)




Resposta:


      O museu de Arte Sacra é um dos poucos museus de Cuiabá que está aberto ao público e com atividades permanentes, sejam elas em exposições, pesquisa, ações culturais e educacionais, exibições de filme, etc, além de atualmente está sendo desenvolvido um projeto de catalogação e digitalização do seu acervo através do departamento de história, via projeto aprovado pelo PROEXT – MEC, onde temos atualmente 10 bolsistas do curso de história da UFMT, trabalhando de segunda a sexta-feira com pesquisa, organização, montagem de exposição e atendimento ao público.

      Acredito que toda exposição mobiliza a visitação local e os turistas, os museus são espaços de excelência de representação da diversidade cultural de um povo ou de uma localidade, com capacidade para traduzir a imagem de um estado e de um país.

     Acrescentaria que os museus são indutores do turismo cultural bem como são vetores para a estratégia de interiorização do turismo cultural, eles geram impactos positivos sobre o fluxo e a permanência do turista na região, além de gerar emprego e renda, mas infelizmente nosso estado não enxerga isso, pois os escassos recursos disponíveis para esses espaços mal da para custear despesas com pessoal e manutenção e ainda enfrentamos a falta de politica para os museus em Mato Grosso. E como fica às exposição? Infelizmente são montadas de forma precárias, as instituições museais em um geral, faltam modernização nas expografias, luminotecnicos, pessoal, entre outros. Um exemplo da falta de pessoal os museu de Cuiabá não abrem aos fins de semana.

      O Museu de Arte Sacra tem seus projetos, plano museológico e entre outros, mas encontra grande dificuldade para viabilização de recursos, manutenção e montagem das exposições de longa duração, além do entendimento de nossos gestores que estão nas pastas da Cultura e Turismo para com esses espaços e principalmente desconhecimento de suas dinâmicas de funcionamento.

      Um exemplo, O Brasil ocupa a 1º posição, com a exposição sobre Miriko Mori, com média diária de 6.991 visitantes, e a 3ª posição, com a exposição sobre Laurie Anderson, com média diária de 6.934 visitantes segundo dados do IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus. Somos reconhecidos internacionalmente pelo interesse em arte contemporânea, inclusive com nota especial ao instituto de arte contemporânea Inhotim, no interior de Minas Gerais, o qual recebe em média 770.000 visitantes por ano.

      Agora vamos para nossa realidade, o MASMT recebe ao mês entorno de 250 a 400 visitantes, funcionando de forma precária. Se tivéssemos mais investimento poderíamos quintuplicar a nossa capacidade agregaríamos mais valor ao turismo e ao sentimento comunitário. A exposição que abrimos hoje tende a buscar reflexões e estimular que a comunidade adote a locação de bens culturais locais para a melhoria da qualidade de vida.
       Na pequena amostragem da exposição de “Imagens” que abrimos o observador terá contato com obras remanescentes que trazem consigo o requinte dos estilos barroco-rococó e neoclássico, presentes no Mato Grosso dos séculos XVIII e XIX".

      Quanto a exposição Crucificação, ela tem o objetivo de "levar ao conhecimento dos símbolos, cruz e crucifixo que apesar da variedade e diversidade de forma, modelo e tamanho, atinge o seu esplendor e conta um pouco sobre a história da cruz, do barroco, da arte sacra e resgata as expressões diversas que o crucifixo ganhou através das manifestações religiosas do povo mato-grossense. Ao apreciar tal exposição, o visitante verá não apenas o simbolismo usual da cruz, como instrumento de sofrimento e dor, bem como o resgate do sentido essencial da vida, da felicidade e da esperança".


http://www.folhadoestado.com.br//storage/paginas/2742/29_folha3.pdf
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